Fundamentos de Inteligência de Negócio, 1a. Edição

Está finalmente online a primeira edição completa do Fundamentos de Inteligência de Negócios. Clique aqui para visitar a página do livro na Amazon.com.br.

Se você comprou a versão pré-lançamento, que estava online até hoje cedo, já pode baixar a versão final da primeira edição: visite a página Atualize a versão do seu eBook Kindle e siga as instruções.

Se você não se lembra do que estou falando, tudo bem. Faz quatro anos que eu publiquei a versão de pré-lançamento do livro: eu queria aproveitar meu aniversário de 20 anos em BI, e prometi a versão final para dali a dois meses.

Ha! Dois meses. Como eu estava otimista.

Para o livro chegar ao ponto em que eu queria, que é servir como livro-texto para um curso de Inteligência de Negócios, eu entendia que precisava oferecer três coisas:

  • Definição: o que é Inteligência de Negócios?
  • Justificativa: porque sua empresa deve usar BI?
  • Contexto: ferramentas, tecnologias, processos e história.

O primeiro item e parte do último formavam a versão preliminar. Porém, a justificativa não era tão firme quanto eu gostaria. Além disso, não existem processos típicos de BI. No máximo existem processos de gestão de projetos de BI, mas não de funcionamento de uma área de dados em si.

Após o pré-lançamento eu me dediquei a criar esse o processo e a refinar essa justificativa. Porém, como em uma reforma em que o verdadeiro esforço só é conhecido quando você começa a quebrar tudo, e aí já é tarde, eu só descobri o mato sem cachorro no qual me meti quando continuei o trabalho para completar o livro.

Foi tentando fundamentar a motivação para usar BI que eu notei que não existe motivo que te obrigue a usar Inteligência de Negócios.

Sim, isso mesmo: não existe motivo. Pode espernear e xingar, eu espero. Eu fiz o mesmo.

É óbvio que analisar dados é uma atividade crítica para o sucesso de uma empresa. Isso não se questiona. O que sempre me atormentou, porém, é o fato de que inúmeras empresas (a maioria, na minha observação) vivem sem se preocupar com dados. É fácil de perceber que, depois de tanto tempo existindo sem fundamentar a gestão em informações derivadas dos dados, uma empresa simplesmente vive. Ela pode não ir à falência, pode não dominar o mercado, mas deixar de usar BI não mata ninguém!

Ou seja, se é possível viver sem BI e não afundar, então existe um motivo para praticar Inteligência de Negócios?

Se não faz (tanta) diferença, porque usar?

Eu estava convencido que uma empresa deve usar BI, claro, mas não conseguia exprimir essa convicção sem que ela parecesse mero achismo da minha parte.

Eu levei um tempo até encontrar uma forma expressar esse argumento de tal maneira que ele pudesse ser criticado, que pudesse ser contestado e debatido. Sem isso, todo meu argumento não passaria de achismo e opinião, que é justamente o que eu me propus a evitar quando decidi escrever esse livro. Minha visão para o livro é que ele trouxesse argumentos que fizessem sentido, que tivessem lógica e pudessem ser debatidos e contestados porque se sobreviverem a esse escrutínio, então eles estariam corretos. Se não, então eu teria a chance de aprender e melhorar e tentar de novo. Mas não poderia nunca ser algo dogmático, tirado do ar e sem fundamentos.

Afinal, esse é o nome do livro, né? ;-)

Quando finalmente encontrei essa linha de raciocínio eu fechei o conteúdo. Daí eu trabalhei mais um ano e qualquer coisa até finalizar todos os detalhes relevantes, como a História da Inteligência de Negócios, os casos de livro-texto, ortografia, bibliografia e mais alguns detalhes até me dar por satisfeito e me sentir tranquilo em dizer que o livro está pronto e acabado.

E uma definição certa, precisa e usável de Ciência de Dados, com que eu finalmente fiz as pazes graças ao Scott Ambler.

FIN, 1a. Edição PublicadA

Agora completo, o livro ganhou uma nova descrição:

Definições são importantes.

Médicos não iniciam seu estudo em um hospital, mas em uma sala de aula, aprendendo os conceitos e definições mais básicos. Engenheiros, biólogos, matemáticos, advogados, todos começam aprendendo as definições das próprias áreas. Afinal, como podemos estudar e aplicar algo se não sabemos o que é aquele algo? Apenas depois de tal estudo é que o podemos aprender sobre os instrumentos e procedimentos de cada profissão.

O que é Inteligência de Negócios?

Essa pergunta é respondida há décadas, se não séculos, e mesmo assim ainda não existe uma definição única, aceita por todos. Há quase tantas definições de Inteligência de Negócios quanto há livros, artigos e vídeos sobre o assunto. A maioria das definições baseiam-se em situações concretas – é a coleção de ferramentas, é o ato de analisar dados, é usar dados para lucrar mais e assim por diante. Uma porção menor de definições segue um molde mais acadêmico, abstrato, tentando colocar BI na intersecção de várias outras disciplinas, como Engenharia de Computação, Estatística e Admininstração.

Todas essas definições derivam da observação de projetos de BI, que é uma abordagem inadequada. Afinal, se Física fosse conceituada da mesma forma, por exemplo, ela seria definida como “a aplicação de instrumentos de laboratório para estudar a Natureza”, o que não diz nada. A definição de Física atualmente aceita é ao mesmo tempo simples e completa: o estudo do comportamento da matéria no espaço e tempo, e suas relações de força e energia. Esta definição não amarra Física à existência de experimentos, ou de ferramentas ou processos.

Definições equivocadas, incompletas ou confusas não apenas atrapalham como também podem levar a erros. Por isso é muito importante usar definições fundamentadas em argumentos claros, que possam ser contestados e debatidos. Possuir uma boa definição permite um melhor aprendizado e um trabalho mais fácil e produtivo.

Com Inteligência de Negócios não pode ser diferente. Existe uma definição para Business Intelligence que também possa ser útil, abrangente, fundamental?

Ao invés de se definir BI sobre o que se vê, que são as ferramentas e os processos, este livro constrói uma definição de Inteligência de Negócios através da observação do funcionamento de uma empresa e sua relação com a Informação e os dados. Com essa definição ganhamos liberdade e capacidade de resolver problemas em suas raízes, ao invés de simplesmente tentar mudar processos ou ferramentas.

Como este livro está organizado

O livro é composto por duas partes e fechado por dois apêndices.

A primeira parte inicia-se definindo BI, seguindo-se pela inferência e definição de uma disciplina complementar, a Inteligência Operacional. Em seguida mostramos a aplicação prática dos conceitos vistos e finalmente formalizamos tal aplicação em um processo, que pode ser aplicado em qualquer empresa. O final da primeira parte discute a relação entre BI e a administração de uma empresa.

A segunda parte aborda os temas tradicionalmente associados à Inteligência de Negócios: as ferramentas, processos e tecnologias.

Os dois apêndices adicionam contexto ao leitor: o primeiro elenca os eventos históricos que desaguaram na Inteligência de Negócios, desde o Egito Antigo aos dias atuais, e o segundo reúne casos clássicos de Data Mining.

Muito obrigado pela paciência e boa leitura! ;-)

20 Anos Depois

Em 2000 eu pude participar de uma conferência do SAS – como empregado, nos bastidores – e ver Bill Inmon palestrar. Por essas coisas de eventos e ranks, eu não tive a oportunidade de conhecê-lo e, no fundo, não teria sido nada tão extraordinário para mim. Lembro-me de vê-lo falando e do sentimento de reverência por estar assistindo o pai do assunto, mas nada mais que isso.

Acho que deve ser o que sentimos quando vemos um jornalista da TV na rua: ah, puxa, ele é da TV, e acaba nisso. (Muito diferente, por exemplo, de assistir o show do Robert Plant e Jimmy Page no Hollywood Rock – muuuuito diferente.)

Hoje, praticamente 20 anos depois, o destino me leva para o lado do pai do DW mais uma vez. Mas agora, na mesma página:

Literalmente na mesma página, no WWDVC 2021

He, he. Agora eu me sinto no show do Led Zeppelin. :-D No palco do show, para ser exato.

Então é isso: em 2021 eu vou apresentar uma palestra ao vivo (um case) e outra pré-gravada (Data Culture) no palco do World Wide Data Vault Consortium 2021.

Este ano ele será totalmente virtual – por isso eu consegui me inscrever como palestrante. Mas isso significa que ninguém precisa mais pagar um vôo até Vermont, e hotel, para assistir a conferência!! Interessado? Acesse a página do evento e inscreva-se!

Ok, acabei de ver o Scott Ambler… eitap***a…

Há Vagas Para… Desenvolvedor BI

Apesar de estar muito satisfeito em meu emprego, eu sempre dou uma olhada no que o Mercado de BI procura. Afinal, nunca é demais termos um ou dois Planos B na manga.

Algumas vagas chamam a atenção, ou porque pedem um perfil inédito até então, ou porque combinam nomes de perfis distintos e criam uma nova espécie.

Hoje eu vou examinar uma oferta de vaga que procura por um Desenvolvedor BI.

Pseudo-screenshot do LinkedIn
(Achievement! Poliglota – três línguas em frase curta.)

Como eu sou adepto da idea de BI como conceito e não como produto, esse título me chamou a atenção. Eu entendo que Business Intelligence não é uma linguagem de programação, nem um tipo de framework que possa ser usado em um desenvolvimento de sistemas e muito menos um sistema pronto, algo que requeira um desenvolvedor.

A descrição fala “desenvolvemos o BI do futuro”. Legal! Ainda há muito a ser feito, parece instigante.

Depois vem a área de atuação: cientista de dados. Hmm… Cientista de dados é o termo hype para “analista de Data Mining“, que é a pessoa que resolve problemas de negócio construindo modelos matemáticos para automação de tomada de decisão. Não chega a ser um papel novo, existindo com o nome antigo já há uns 30 anos, mas é uma área onde se pode fazer muito pelo conceito de BI. Ainda mais se pensarmos que a empresa contratante está mirando em NLP.

A descrição, entretando, vira-se para o lado oposto: a função do analista de Data Mining é “desenvolver relatórios customizados para os clientes”. Ainda que um modelo matemático possa ser a base para um relatório, não constuma ser o emprego mais valioso de tais modelos. Indicadas como ferramentas para construir tais relatórios – presume-se – está R e Python. Ainda que possam realizar um trabalho muito bom, não são plataformas cuja missão é gerar relatórios. Para isso existem softwares muito mais aptos, que reduzem a carga de trabalho e entregam resultados tão bons quanto. É uma escolha bem curiosa.

Uma tarefa comum a perfis de BI é lidar com o público, o que está na vaga. Algo menos alinhado é monitorar e gerencia a saúde (qual?) dos clientes.

Seres humanos exibem a tendência de criar foco e se concentrar na tarefa à mão. Pular entre várias funções, ainda mais quando exigem mindsets diferentes, pode gerar perda de rendimento. O pensar e agir como desenvolvedor é razoalvelmente diferente do pensar e agir de um como gerente, ainda mais levando em conta a gama de ações de cada papel.

Recomendo este artigo aborda para conhecer por alto a questão do context switching.

É uma combinação impossível? Não, acredito que não. É uma boa combinação? Na minha percepção, não. Criou-se a idéia do profissional com perfil-T, que consegue exercer tanto uma atividade especialista, quanto generalista, algo muito requisitado em times ágeis e auto-organizados. Mas a vaga não parece mirar nesse tipo de profissional. O pouco que se descreve desse papel de gerente dá a entender que a descrição do trabalho inclui atuar como gerente de contas, em que o relacionamento com o cliente é a atividade central. Nesse caso, a distância entre os dois papéis (analista e gerente) é ainda maior e a tensão entre as duas atuações é ainda mais acentuada.

Estou Contratanto: Desenvolvedor & Gestor

Eu não conheço a empresa, nem seus desafios. Como eles almejam criar o futuro da Inteligência de Negócios, não posso sequer querer saber como é a vida lá, já que eu sou do passado. Sabendo que papéis que lidam com pessoas tendem a requerer perfis diferentes dos profissionais que lidam com desenvolvimento (sendo realizado em R ou Python, como desenvolvimento de software tradicional), talvez possamos descrever essa vaga de forma a buscar um profissional mais apropriado – começando por separá-la em duas.

Vaga 1: Cientista de Dados

Descrição: realizar análise de problemas de negócio e construir modelos matemáticos a partir de dados para automatizar a tomada de decisão. Necessário habilidade analítica em R ou Python.

Vaga 2: Gerente de Conta

Descrição: empregar ferramental analítico para examinar a saúde (financeira? mercadológica?) dos clientes e propor ações para reduzir riscos e mitigar problemas. Requer raciocínio lógico, habilidade de comunicação escrita, apresentação de resultados e acompanhamento de clientes. Funcionará em colaboração estreita com o Cientista de Dados, levando problemas do cliente e trazendo as soluções para estes.

Essa redação procura reaproveitar o texto original. Porém, talvez a Vaga 1 não seja para um data scientist. Me parece que esta descrição a seguir tem mais relação com o contexto “desenvolver soluções de BI usando NLP e Data Mining”:

Vaga 1′: Engenheiro de Computação

Descrição: desenvolver sistemas de Processamento de Linguagem Natural para interpretar demandas de negócio e traduzi-las em análises de dados e em processos automáticos ou semi-automáticos de Data Mining. Requisitos: dominar linguagens C++, Rust e JavaScript; familiariedade com APIs; conhecer e empregar os toolkits de IA em nuvem, como Google IA , AWS Machine Learning, TensorFlow, DataRobot e outros.

Algo conspicuamente ausente é o já habitual cabedal de proficiências contemporâneas, como algum tipo de habilidade Ágil (metodologias, ferramentas etc.), CI/CD, infra-como-código e outros quejandos. Como é uma vaga de BI e sabemos que BI é um bicho resistente à essas modernidades, talvez não seja uma ausência notável, no final.

Não Mande Seu Currículo!

… por que eu não estou contratando ;-) .

Eu comecei o blog porque eu ouvia muita opinião e precisava expressar a minha (mas ninguém queria me ouvir kkkk). Então, tudo aqui é um exercício de auto-expressão, de emitir uma opinião particular, sem intencionar um fim ou falar para alguém.

Eu fiz essa análise para registrar minha posição sobre uma oportunidade de trabalho em um mercado que, me parece, está cada vez mais confuso e bagunçado, mas longe de mim querer dizer o que é certo ou errado.

Eu tentei disfarça a vaga, mas se você – o dono desse anúncio – estiver aborrecido com estas mal-traçadas, por favor, me chame no LinkedIn e eu retirarei o post do ar no mesmo instante. Fechado? ;-)

Vinte Anos de Inteligência de Negócios

Estava no meio do trabalho, sentado à mesa da sala de jantar (como muita gente hoje em dia, hehe), quando me dei conta que dia estava chegando.

Primeiro de Abril!

Não, de verdade, é o dia. Não é pegadinha! :-)

Em 1/4/2000 eu recebi a oferta formal de contratação pelo SAS, a maior empresa de BI do mundo.

SASLogo

Eu era assistente de vendas em uma representação comercial de equipamentos científicos e estava procurando um novo emprego, algo mais desafiador, com mais horizonte. Depois de alguns meses apareceu essa oportunidade, que eu adorei! Era a mistura boa demais para ser verdade de vendas, Física e computadores!

E agora, um piscar de olhos depois, estou completando vinte anos no campo!! Cara…

Casei, tive filhos, mudei de emprego, virei palestrante, fui desenvolvedor, gerente de projeto, trabalhei em governança corporativa… Uau.

Oba-Oba

Putz, vinte anos e não vou fazer nada? Ah, não mesmo!

Desde 2019 eu vendo uma palestra chamada Data Culture. Nela eu comento sobre os fatores que, no meu entendimento, dificultam o sucesso de projetos de BI.

GeekBI-DataCulture

Bom, em 2007 eu fiz minha primeira palestra on-line (sobre Pentaho, “O Pentaho Day”, um trocadilho infame – duvida? fale várias vezes em voz alta :-) ). Uma outra palestra online me pareceu uma boa idéia.

E decidi:

Em Primeiro de Abril de 2020, palestra on-line Data Culture!
Ainda não sei através de qual canal, mas assim que decidir, atualizarei esse post.

Oba-Oba-OBA!

Eu tenho um amigo muito querido que me apelidou de gigante. Nada a ver com minha estatura – eu sou baixinho – mas porque eu sou megalomaníaco. Eu não gosto de fazer coisas normais, bonitinha. Eu gosto de coisas legais, bacanas!

Daí…

Porque parar em uma apresentação? Vamos logo fazer uma coisa diferente!

Vou lançar meu novo livro!

fin_capa-teaser

Então, oficialmente:

Em Primeiro de Abril de 2020,
antes da palestra on-line Data Culture,
lançamento do novo livro
Fundamentos de Inteligência de Negócios!

E é isso. Agora tá oba-oba está (quase!) como eu gosto.

Você, leitor do meu blog, é meu convidado de honra. Para que você não saia de mãos abanando, eu coloquei os livros da coletânea Geek BI de graça, na Amazon, e baixei meus outros dois livros ao menor valor que a loja permite. Clique aqui para visitar a loja.

PnP_Capa-2aEd
Capa do Pentaho na Prática, segunda edição.

Agora sim! Festa completa – tem até lembrancinha! :-)

Espero você lá! ;-)

Baloes


A live foi gravada e está disponível no Youtube:

B.I.A.S.

O conjunto das FATECs de São Paulo, capital, faz um congresso de tecnologia anual. Nesta semana está ocorrendo a décima nona edição do evento, no qual eu fui convidado para palestrar. A coordenação do evento me deixou livre para propor o tema e acabamos ficando com B.I.A.S.. A apresentação foi ontem, 03/10/17, às 10H00min, com boa presença dos alunos. Conforme prometido a todos eles, eis aqui os links para download dos slides e notas, ambos em PDF:

XIV Congresso Fatec, 2017.

Você pode clicar nestes links para download direto ou, se estiver lendo em papel ou outro meio não-digital, basta copiar os bit.lys no seu navegador. Ambos arquivos estão hospedados em uma conta DropBox e, por causa disso, pode ser que apareça uma tela requisitando seu login para fazer o download. Não caia nessa. Não é preciso fazer login para baixar os arquivos: examine a tela com atenção que você vai acabar descobrindo algum texto do tipo “não obrigado, leve-me ao download”. O DropBox usa qualquer opoturnidade para ampliar sua base e por isso ele fica com essas “pegadinhas”.

Bom proveito!

Resumão

Normalmente eu redijo um post espelhando a apresentação, mas… como tenho estado muito atarefado, vou deixar aqui apenas a conclusão dela. Eu sempre anoto todas as minhas apresentações com o que eu falo (ou o que eu queria ter falado, hehe), de modo que ali já tem tudo. Aqui é só um gostinho para quem estiver em dúvida se baixa ou não. ;-)

A alegoria da caverna.

Apenas para fechar o assunto:

  • Desde Platão, V AC, existe a noção de um mundo invísivel aos nossos sentidos. Era obrigação do Filósofo sair da caverna e enxergar a realidade;
  • O Método Científico deu origem aos Filósofos Naturalistas, como Físicos e Químicos;
  • Estes desvendaram, aos poucos e graças ao Método Científico, o mundo real que está fora do nosso alcance. A Ciência ampliou os sentidos humanos;
  • Após décadas de evolução, as tecnologias eletrônicas deram origem a um novo mundo invisível, agora formado por dados;
  • Mais uma vez o Método Científico ampliou nossos sentidos: através da aplicação dele aos dados gerados pelas organizações e pessoas, podemos enxergar esse novo mundo;
  • Nele podemos ver padrões, formas, ritmos.

Inteligência de Negócios é a aplicação do Método Científico aos dados de uma organização. O resultado disso são Soluções de Inteligência de Negócios, modelos matemáticos que podem desde automatizar a tomada de decisão até funcionar como especialistas ou conselheiros cibernéticos.


O Método Científico.

Meu propósito era ajudar os alunos da FATEC com algo que eles não vão encontrar tão facilmente por aí. Não tenho como avaliar o resultado e saber se eu atingi ou não esse objetivo, mas guardo a lembrança de um feedback muito positivo, e uma recepção foi boa. No mínimo, portanto, eu os diverti por uma hora. ;-)

Até lá! ;-)

A Capa

O lançamento da versão 7.1 da suite Pentaho me deu o impulso que faltava para “pegar firme” (ui!) no novo livro.

Capa provisória do primeiro livro da nova série.

O Pentaho na Prática tem uma capa de tema espacial, por puro acaso: era uma das imagens gratuitas na Amazon, das várias disponíveis para autores auto-publicados.

Lançado!!! Yahoooo!!!

Das páginas do PnP:


Capa

Texto sobre foto da decolagem do ônibus espacial Discovery, criada pelo Amazon Cover Creator a partir de foto de arquivo do Cover Creator. Todos os direitos sobre a capa reservados à Amazon.com conforme os termos do Cover Creator e do Kindle Direct Publishing.

Esse foi o 120o. vôo do programa de ônibus espaciais da Nasa e o 34a. vôo do ônibus espacial Discovery. Partiu em 23 de outubro de 2007, às 11H38min EDT, na base 39A do Kennedy Space Center para, entre outros objetivos, entregar módulos na ISS. A notícia completa pode ser lida neste link.

Essa é uma das várias fotos tiradas pela Nasa de suas missões. Todas as fotos da Nasa são protegidas por copyright. Se você quiser usar uma, a forma mais fácil é comprá-la de algum revendedor, como a Getty Images. Esta, aliá, é a imagem usada pela Amazon.com – podemos notar pela ausência de nuvens e a posição da nave. Nas fotos desta missão, feitas pela da Nasa, há sempre nuvens ao fundo.


Eu gostei muito por várias razões. Por exemplo, sendo cientista, espaço me pira o cabeção, e foguetes idem. A imagem da Challenger partindo também significava meu lançamento no mundo dos autores. O ônibus espacial é um veículo de entrega de carga, essencialmente, e o livro “entregava” uma carga de conhecimentos e por aí vai – o céu, hehe, é o limite para essas analogias baratas.

A capa da minha próxima edição vai seguir o tema. Como é sobre o servidor, decidi (por enquanto) que vai ser uma estação espacial. Essa figura é uma estação Torus, do jogo Oolite, uma versão open source do famigerado Elite. A minha intenção é usar uma foto da própria ISS, se houver com uso livre, ou então alguma das outras: o Skylab ou a MIR. (Pensando no destino de ambas, e o estado da ISS, não sei bem se dariam boas analogias… O Skylab e a MIR se desintegraram na reentrada, por exemplo.)

Daí o de ETL vai ser algum foguete e o de visualização de dados, não sei, que tal o Hubble? ;-)

É isso. Allons-y! :-)

Bola Redonda

Contrabalançando o post Bola Quadrada, neste aqui eu vou mostrar como bater um bolão, redondo, usando BI.

SAS Customer Intelligence Forum ’17.

Hoje, 17-5-17, aconteceu um evento do SAS, a maior empresa de BI do mundo, sobre aplicações de Marketing, o SAS Customer Intelligence Forum. O evento foi gravado: assista neste link. A primeira palestra é em inglês e não tem legendas, mas o restante é todo em português.

Vamos por partes.

Marketing Analítico

A primeira palestra foi feita pela Vice-Presidente Sênior de Marketing do SAS, Adele Sweetwood. Ela é autora de um livro, que aparentemente vende muito bem: The Analytical Marketer.

The Analytical Marketer.

O conceito, em si, é simples: há tantos dados disponíveis, e tanto poder de processamento, que novas formas de entender o cliente estão surgindo, e mais partes de uma empresa pode agir com base em dados. Ela mostra um monte de exemplos de novos usos dos dados para marketing, e fecha com um comentário digno de nota:


O uso dos dados para marketing está movendo a prática de marketing de “campanha” para “interação contínua”.


Não são exatamente essas as palavras, mas o sentido é esse. Central nesse admirável mundo novo é a evolução dos diversos canais, como e-mail, mídias sociais, rádio, revistas etc., para um único e grande canal: o [omnichannel][omnichannel_bitly], ou omnicanal. Assim, ao invés de termos uma campanha para e-mail, uma para WhatsApp, outra para chat, outra para telefone e assim por diante, devemos ter interação uniforme, orquestrada em todos esses canais. Caso contrário, se você mantiver esses canais separados e competindo entre si pela atenção do cliente, vai gerar desgaste e, no limite, espanar o cliente.


Coincidentemente, saindo do evento eu liguei o rádio no carro e, momentos depois, passou o anúncio de um evento sobre omnichannel aqui em São Paulo. Uau, isso foi rápido!


Ela destaca que é muito, muito importante, haver liderança na empresa para que essa evolução possa aparecer. É preciso existir um profissional com visão, energia e conhecimento capaz de conduzir a iniciativa de marketing e unir todas as formas de interação com o cliente em um continuum mercadológico.

Aliás, uma das máximas que ela, e outros repetiram, é “garantir que a experiência do meu cliente seja homogênea entre todos os canais”. Por exemplo, pode acontecer de eu olhar o preço de um produto na web usando o smartphone, depois conversar pelo chat com uma vendedora via laptop e sair, de carro, para ir até um shopping visitar a loja física e comprar o produto lá. Para que todas essas interações agreguem e fortaleçam a marca com o cliente, é preciso que sejam consistentes. Imagine, ver um preço na web, ir até a loja e encontrá-lo por outro valor lá?!

Outros

Em seguida veio o case de Marketing de canais da Natura. Interessante, mas meio livro-texto – nada realmente inédito ou impactante.

Teve uma palestra da startup Qedu, que me parece que vende análises de dados do sistema educacional público. A proposta é subsidiar o Estado com dados sobre seus alunos, para poder melhorar a educação. Hoje os dados são coletados a cada dois anos (o último conjunto é de 2015), e a meta é conseguir atualizar ao menos uma vez por mês, ou idealmente uma vez por semana, e alimentar as análises com isso. Interessante até, mas eu possuo uma opinião pessoal sobre essa idéia e preciso me abster de comentá-la.

Depois veio o primeiro painel, sobre a transformação digital do Marketing. Interessante pelo que expõe das engrenagens internas de cada empresa e como pensam, mas nada digno de destaque. Achei curioso as diferenças de perfil, nítidas entre consumidores de serviços de BI (a GE e o Sonda) e os fornecedores desse serviço (SAS e Mood/TDWA.) Assistam ao vídeo para entender.

Veio, então, a palestra do Pactual-BTG, sobre sua transformação de banco físico em digital, e logo depois uma fala do Aluizio Falcão Filho, do Círculo Millenium. Esse eu queria que tivesse falado mais – de novo, por motivos pessoais, não profissionais.

Ih! Olha eu aí! (4:01:37)


Ele contou uma ótima: já ouviram falar do Bebê Johnson & Johnson? Pois é, segundo o Aluizio, a primeira foto de um bebê J&J foi feita do filho recém-nascido de um dos envolvidos – não sei do marketeiro, ou do empresário da Johnson & Johnson à época. Adivinha quem era?

O JOÃO DORIA!!! :-D Sim, o prefeito!!! Ele foi o primeiro bebê! Devia ter se chamado era Aparecido, mesmo… kkkkkk (pode parecer teoria conspiratória, mas justamente este trecho, que começa em 3:42:30, não foi gravado. Eu procurei referências a isso na web, mas não achei confirmações. Se um dia eu tiver uma chance, confirmarei essa história.)


A Bola, Finalmente

E então chegou o último painel. O SAS, alimentado por idéias de marketing, criou uma linha de produtos de “Analytics” para os esportes. Primeiro eles falaram sobre o filme Moneyball, que veio do livro homônimo:

Moneyball, o livro.

Pelo trailer pareceu muito legal, e eu vou assistir: um time de baseball, que havia sido rebaixado no último campeonato, decide que vai se reerguer e acaba sendo salvo por um sujeito que tabulou estatísticas de inúmeros jogadores. De posse desses dados, esse analista conseguiu encontrar bons jogadores, que estavam subvalorizados, possibilitando montar um time barato, de qualidade, que finalmente alcança o sucesso.

Isso é que é Data Mining de raiz!

Outro livro mencionado no mesmo momento foi o Soccernomics, que vai na mesma linha de análise de dados, agora no futebol.

Soccernomics, Freakonimics de soccer. Duhn, óbvio.

O nome é uma referência a outro ótimo livro, que expõe contudentemente o valor que uma análise calcada em fatos pode ter, o Freakonomics. Esse eu li, e adorei.

O palestrante, então, monta o painel, chamando os outros três participantes, e começam a bater-papo sobre o assunto.

Acho que deixaram o mais legal para o final.

Sabia que existe uma empresa que registra todas as estatísticas de ações de jogadores em campo? Sabia que existem empresas de Data Mining que analisam esses dados e traçam perfis e estratégias? Meu, é um mundo de coisas que são feitas com BI nos esportes em geral – e no futebol, especificamente – que você nem imagina!

A conclusão desse painel, para mim, foi o ponto mais alto de um lance que já estava lambendo a estratosfera de coisas legais: a Paula Baeta, da Analysis, pegou os dados coletados pela Footstats, do Romanini, e montou um modelo explicativo (não preditivo) para identificar que variáveis explicam a classificação de cada time na última temporada. (Não me peçam detalhes – assistam ao vídeo!)

Daí ela pegou esse modelo e saiu trocando os valores de cada métrica (eram 6: uma positiva, e 5 negativos) entre os times. Por exemplo, ela pegava a quantidade de cartões amarelos do melhor time e colocou no pior, para ver se, de acordo com o modelo, algo teria sido diferente. Ela fez isso umas três vezes, com três times. Muito legal! Se você gosta de futebol, assista, vai se divertir!

Conclusão

O mercado de BI martela “ferramenta” nas nossas orelhas o tempo todo. Todo mundo quer ferramenta.

Quando uma empresa que está no mercado há quarenta anos, que cresce anualmente sempre na faixa dos dois dígitos, vem a público contar as suas histórias, pode ter certeza que vamos ter uma chance de aprender coisas novas. Descartada a parte comercial, que está ali para vender o produto, a parte de negócio, mesmo pequena ainda é extremamente valiosa.

Tocar uma bola redonda, com BI, é usar os dados para impactar a lucratividade de uma organização. Assista ao vídeo, ouça a mensagem e aprenda com essas idéias. Deixe a bola quadrada para a competição selvagem do mercado de software, e abra-se para o imenso mercado, de grandes valores, que existe para quem conseguir tocar uma bola redonda no gramado do BI.

É isso. Até a semana que vem. ;-)

 

Pentaho Day 2017 – BI E.V.A.

Neste exato momento estou assistindo a uma palestra do Pentaho Day 2017, ao qual eu tive a honra de ser convidado como palestrante. Minha palestra foi ontem, dia 11/5/17, e chamava-se BI E.V.A. – Enxuto, Valioso, Ágil. Ela teve uma recepção muito boa, acima do que eu esperava, e estou muito feliz de ter podido proporcionar aos participantes algo que eles tenham gostado.

Neste link você pode baixar um PDF das notas, que traz os slides e todos os comentários que eu “fiz”.

BI E.V.A.

O clipe do começo pode ser assistido neste link, para o Youtube. É o videoclipe Houdini, do Foster The People.

Foster The People – Houdini.

Eu estava salvando minhas (poucas) idéias para o Pentaho Day 2017. Agora que passou, voltarei a postar com mais frequência, focando justamente os temas de valor, agilidade e lean em BI.

É bom estar de volta. :-)

Coletânea GeekBI 2016 a Caminho & Pesquisa

Quem ouviu as notícias do final do dia, hoje, talvez tenha ficado sabendo que as nuvens sobre São Paulo tiveram um episódio de… piriri hídrico, digamos assim, por falta de um termo mais educado, parando a cidade, inundando tudo. Resultado? Sentei para escrever o post de hoje e são 22:22.

Ohhh, a hora mais legal do dia!

Enfim, não deu para terminar o post que eu comecei para hoje. Para não desperdiçar sua viagem até aqui, que tal responder uma pesquisa rápida? ;-)

Conte-me Tudo, Não me Esconda Nada

O tema do post desta semana era (e vai ser, semana que vem) a transformação do acrônimo BI em algo diferente do que ele designava quando foi criado, na década de 50 e a minha resistência em aderir a essa… evolução.

Por isso, já que eu não consegui terminá-lo hoje, queria saber, eu pouquíssimas palavras, o que você acha?

Dá para escolher até duas respostas, se você achar uma só limitante demais.

Mantenha seu cadastro em dia

Eu sempre quis dizer isso, hehe.

O livro com a coletânea dos posts de 2016 já está na Amazon, e vou lançá-lo. Como eu prometi, meus leitores terão um descontaço (de graça!) para levá-lo, mas para isso eu preciso me comunicar diretamente com eles – com você. Como eu vou usar uma ferramenta de mala-direta para fazer esse (e outros) contato, precisarei confirmar os dados de vocês.

Você, que fez o cadastro no blog, vai receber um e-mail para confirmar esses dados. Se você preferir saber das novidades apenas pelo aviso-padrão do WordPress (a ferramenta que gerencia o blog), basta ignorar o contato.

Quem confirmar vai ficar em uma lista prioritária, e ser avisado antes de todos.

Estou tentando, mas reescrevi esse trecho dez vezes e ainda estou parecendo/me sentindo uma propaganda da Polishop… Desculpa aí, ó.

Dica: se você comprou o livro Pentaho na Prática, e atualizou, não deixe de ler o final, depois da biografia!!

Finalmente, se você se cadastrou como um outro blog, considere adicionar seu e-mail também, já que eu não consigo contatá-los apenas por esse vínculo.

Por hoje é só isso mesmo. Até semana que vem! :-)