O título é um tanto quanto mal-educado, mas ele tem a virtude de ser claro.
Veja o dashboard abaixo, retirado de um caso real encontrado na Internet:
Eu removi todos os nomes dos dials, apaguei os números e, para não facilitar, eu repliquei um mesmo dial algumas vezes. Eu quero apenas mostrar o layout, não os dados, porque eu não vou citar a fonte. Se o cliente desse painel não reclamou, então quem sou eu para apontar o dedo? E depois, duvido que o autor decida mudar, que o próprio cliente entenda a razão – acho mais provável eu ser atacado que agradecido (ou mesmo ignorado.) Mas a vocês, meus leitores fiéis que buscam algum conhecimento, eu deixo aqui a dica.
Stephen Few, no livro Information Dashboard Design, explica porque o controle de dial (ponteiro) é ruim: ele ocupa muito espaço para mostrar uma informação pequena, e é difícil de comparar. Para se ter uma idéia, todos os dials acima tinham os limites diferentes. A única informação tirada da visualização de quase todos ao mesmo tempo era… nenhuma.
Observe a figura de novo: você conseguiria, em um relance, dizer quais e quantos indicadores ultrapassaram cada meta? NÃO! É preciso olhar um por um, guardando os casos especiais de cabeça, rolar a página e continuar o processo!!! É ridículo! Um painel desses pode ser muito mais útil se colocado em um gráfico de barras! Ao invés de ajudar o cliente, e facilitar tudo, ele dá mais trabalho!
A página inteira tem 13 dials. Stephen Few sugere o uso de outro controle para esse tipo de apresentação: bullet graph. Usando o Gimp e imagens do bullet chart coletadas da Wikipedia, eu refiz o dashboard. Veja abaixo duas opções de como poderia ter sido:
E agora? Pode me dizer, de um relance, quais e quantos indicadores ultrapassaram as metas? Quais requerem ação? Eu não apenas tornei o painel útil e prático (que são suas funções básicas – ser útil e ser prático), como ainda adicionei informação, enriquecendo a experiência!
E tudo que eu precisei foi deixar de lado uma idéia velha, que nunca funcionou direito. É isso.